
Uma mulher de 44 anos foi hospitalizada, sob custódia, nesta quinta-feira (12), em Jundiaí, após ser presa suspeita de matar o próprio filho durante o parto,em sua casa, no bairro Ivoturucaia. A criança, que nasceu prematura (de 20 a 25 semanas), apresentou sinais de violência, com ossos possivelmente fraturados.
Segundo o que investiga a Polícia Civil, uma amiga da mulher soube que ela não estava se sentindo bem e ligou para o cunhado dela (da mãe), para pedir que ele fosse até a casa dela. O cunhado foi e, no local, se deparou com ela se sentindo mal. Ele acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo que quando os socorristas chegaram, se depararam com muitos panos ensanguentados pela casa e um bebê sobre a cama, recém-nascido e sem o cordão umbilical.
O bebê foi imediatamente levado para a ambulância, mas já não havia mais sinais vitais. Enquanto a mãe era amparada para ser levada ao hospital, chegou ao local o marido dela. E para a surpresa dele, do cunhado e também da amiga, ninguém sabia que ela estava grávida.
O marido, inclusive, disse posteriormente à Polícia Civil, que ela já havia perdido um filho há cerca de cinco anos, nas mesmas circunstâncias - a veracidade quanto esta informação também está sendo investigada.
O corpo ou por exames, que constataram se tratar de bebê de 20 a 24 semanas, e com possíveis fraturas nos ossos - não se sabe se por agressões ou queda, na hora do nascimento. Também foi revelado que ela não vinha fazendo o pré-natal.
O delegado Francisco Felipe Preuss ouviu as partes - exceto a mãe, internada -, e determinou sua prisão em flagrante por infanticídio, inclusive levando em consideração o laudo sobre o corpo da criança. "A partir dos elementos informativos amealhados, é possível concluir que a conduzida realizou um parto em sua residência, de um infante possivelmente vivo, que veio a óbito em razão de sua deliberada negligência e possível violência. A conduzida não realizou acompanhamento médico da gravidez e não comunicou a gravidez para seu companheiro. Ademais, na data dos fatos, conforme constatações preliminares, os elementos informativos dão indícios de que ela deu à luz a criança, cortou seu cordão umbilical e praticou alguma forma de violência contra ela, o que teria resultado em seu óbito. Neste contexto, o decreto a prisão em flagrante delito da mãe e determino o formal indiciamento.