O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,26% em maio. O resultado representa uma queda de 0,17 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior, quando o IPCA havia subido 0,43%. No acumulado do ano, o índice registra uma alta de 2,75%. Já na janela de 12 meses, após um período de aceleração, a inflação desacelerou de 5,53% para 5,32%. Essa é a menor alta para o mês desde 2023, quando os preços subiram 0,23% em maio. No ano, o menor índice registrado até agora foi em janeiro, de 0,16%. Veja o resultado dos grupos do IPCA em maio: Alimentação e bebidas: 0,17%; Habitação: 1,19%; Artigos de residência: -0,27%; Vestuário: 0,41%; Transportes: -0,37%; Saúde e cuidados pessoais: 0,54%; Despesas pessoais: 0,35%; Educação: 0,05%; Comunicação: 0,07%.
Copom tem reunião
Nos próximos dias 17 e 18, terça e quarta-feira, o Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central se reunirá para decidir sobre o futuro da taxa de juros. A inflação "mais comportada" poderia sinalizar com uma mudança do comportamento da Autoridade Monetária, mais flexível com os juros, contudo, esse recorte de maio não pode servir como único parâmetro para esta decisão. Ainda há dúvidas quanto ao controle fiscal, as tarifas americanas e o próprio controle inflacionário. A cotação do dólar mais comportada ajuda, mas é pouco. O indicativo é que na melhor das hipóteses a taxa básica seja mantida em 14,75%.
Banco Mundial revê crescimento econômico
O aumento das tarifas norte-americanas está afetando o crescimento da economia global e da América Latina. O Banco Mundial anunciou que revisou sua projeção para o crescimento mundial em 2025, para 2,3%. O número representa uma queda em relação ao previsto em janeiro, quando a projeção de crescimento para o mundo era de 2,7%. Para a América Latina e o Caribe, a previsão é 0,2 ponto percentual (p.p.) menor. Segundo o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, citado em um comunicado, apesar de um "pouso suave" (controle da inflação sem recessão) ter parecido um futuro possível para a economia global, há sinais de que a atividade mundial está "caminhando para uma nova turbulência".
Nova MP para arrecadar mais (1)
Depois da alta anunciada há alguns dias, o governo publicou um novo decreto que corta em cerca de dois terços o aumento do IOF originalmente previsto para 2025. O IOF, imposto federal que incide sobre operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos. Na versão 'recalibrada', a sobretaxa que incidirá sobre operações de 'risco sacado' - linha de capital de giro usada por pequenos fornecedores - caiu 80%, e a receita extra estimada com o imposto desabou de R$ 20 bilhões para algo entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões. Para famílias e empresas, isso significa parcelas ligeiramente menores em empréstimos, financiamentos e rotativos de cartão, aliviando o custo do crédito num cenário ainda marcado por juros elevados.
Nova MP para arrecadar mais (2)
Para compensar essa perda, o governo federal publicou Medida Provisória que irá tributar em 5% os rendimentos das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), hoje totalmente isentas. LCI e LCA são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para financiar setores específicos da economia. Na prática, ao investir em uma LCI ou LCA, você empresta dinheiro ao banco, que vai usar esses recursos para conceder empréstimos imobiliários (no caso da LCI) ou crédito para o agronegócio (no caso da LCA). Após o período da aplicação, o banco devolve o dinheiro ao investidor com juros acordados. Em outras palavras, essas letras são como empréstimos que o investidor faz ao banco, e o banco rea para construtoras, compradores de imóveis, produtores rurais etc., retornando o principal mais os juros ao investidor no vencimento. Esses títulos já somam quase R$ 1 trilhão em estoque. Só essa nova alíquota de 5% pode acrescentar até R$ 18 bilhões anuais aos cofres públicos.
Resumindo as medidas
Os principais pontos do pacote publicado são estes: Reduções no IOF; Redução de até 80% sobre operações de risco sacado; Redução da alíquota para seguros do tipo VGBL; IOF mínimo para Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC); Isenção de IOF para retorno de investimentos estrangeiros diretos. Medidas de compensação: IR de 5% sobre LCI e LCA (antes isentas); Aumento da alíquota sobre apostas esportivas de 12% para 18%; Tributação de criptoativos; Uniformização da alíquota de IR sobre aplicações financeiras (17,5%); Alíquota de CSLL para instituições financeiras entre 15% e 20%; Corte de 10% em gastos tributários; Regras mais rígidas para compensações de crédito tributário.
Mude já, mude para melhor!
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